Como ela seria? Homem ou mulher? Qual a idade? E o que faria? Quais os seus sonhos, os seus medos? O tipo sanguíneo? Responder a essas perguntas é o pontapé inicial pra pensar sob a teoria dos arquétipos. Funciona quando queremos humanizar as Marcas. Ajuda a definir como ser percebida pelo público.
Uma Marca não é o que você fala dela, mas o que falam dela quando você não está na sala. É a percepção do outro.
A psicologia e a comunicação sentaram-se juntas na mesa de um bar
A teoria dos arquétipos foi criada por Jung para se referir às experiências humanas transmitidas através de mitos, lendas e contos de fada. Cada arquétipo é uma personagem na nossa saga nesse mundo. São os modelos de vida, as possibilidades da mente. As representações do nosso inconsciente coletivo.
Joseph Campbell fala em “Mito e Transformação” que, durante a Grande Depressão nos Estados Unidos, foi pro interior, onde ficou cinco anos. Ele costumava passar o tempo a ler. Começou a perceber padrões de narrativas e trouxe pra roda as obras de Sigmund Freud e Carl Gustav Jung.
Freud entendia que as ações das pessoas seriam explicadas por uma área da mente chamada Inconsciente. Um lugar atrás do véu daquilo que julgamos conhecer. Ele debruçou-se sobre os paralelos observados entre o conteúdo dos sonhos e os temas dos mitos.
Jung foi mais além: introduziu o conceito de inconsciente coletivo. Ele identificou, nas mesmas histórias, arquétipos: “o rio por onde a nossa psique naturalmente flui”. Só aí podemos encontrar o significado e o sentido das histórias. São análogas à nossa experiência humana, representações da nossa natureza.
Em 1944, depois de estudar bastante sobre psicologia, Campbell publicou o seu livro mais famoso: O herói de mil faces.
Segundo ele, o monomito é uma espécie de jornada arquetípica que aparece nas religiões, nas lendas e nas histórias de ficção. Sempre há um herói. Ele passa por vários momentos que o levam a encontrar “a sua verdadeira identidade”. O herói transforma-se.
O herói somos todos nós.
Viver tem lá os seus desafios.
Por isso conectamo-nos com as histórias dos livros, filmes, séries e banda desenhada.
Por isso também tem-se falado tanto em storytelling corporativo. São tempos de excesso de informação. O seu anúncio concorre com as animações da Pixar e os livros de Neil Gaiman. Qual deles prende mais a atenção?
A boa notícia é que existe uma técnica por de trás das boas histórias. É a forma que ela assume através da técnica e das palavras que usamos.
Para começar a usar o storytelling é preciso humanizar a sua Marca. Personagens têm falhas e fraquezas. Abrace as suas. Aprenda com elas. Personagens relacionam-se uns com os outros: ajudam-se ou batalham entre si. Como posiciona-se em relação aos seus “atentos”?
Se for um passo à frente, vai entender que eles são os verdadeiros heróis a serem transformados. O que tem para oferecer?
Se a sua Marca fosse uma pessoa, quais os desafios que iria enfrentar agora?
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