Pode um indivíduo, hoje, utilizar-se de um estilo de liderança carismática para influenciar as pessoas? Indo mais além: este estilo de liderança pode tornar-se um diferencial competitivo?
Ao logo do tempo tivemos vários exemplos de pessoas que utilizaram-se do carisma para conseguir feitos sociais, mudanças radicais ou espalhar as suas ideologias duvidosas.
Exemplos como Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gahdi, Marting Luther King…e até mesmo Hitler e (talvez) Hugo Chavez foram, dentro do contexto no qual atuavam (político, social e cultural), vozes fortes que entusiasmaram muitas pessoas.
O que devemos refletir, ao analisar também as personagens que utilizaram o carisma na história, é a possibilidade de desenvolver o estilo de liderança carismática que não seja apenas um discurso entusiasta no momento, mas que incentive as pessoas (na prática e para a prática) a dialética da transformação pessoal e coletiva.
“A dialética é arte do diálogo, onde é possível demonstrar uma tese através de uma argumentação forte, que consiga distinguir, com clareza, os conceitos da discussão.”
As empresas precisam de pessoas que apresentem solidez na sua argumentação, que possam usar da maturidade criativa para interagir com os pares e para encontrar soluções inovadoras para os problemas do cotidiano.
Uma liderança carismática deve ir além da proposta em prol das mudanças, pois tudo o que fica no campo das ideias pode até estimular por um período, mas sem a ação a mente e o corpo perdem o entusiasmo pela atividade.
O caráter laico da palavra carisma é amplamente utilizado para definir a influência e a fascinação por alguma pessoa e está ligado à forma da pessoa no ser e no agir. Dentro deste sentido de ser e agir, o gestor deve pensar a formação do indivíduo pela troca de experiências contínua e pelo estímulo à realização das atividades no curto, médio e longo prazos.
Podemos entender a liderança carismática, dentro do contexto do mercado de hoje, como um diferencial competitivo a partir do momento em que deixamos a visão romântica (que muitas vezes idealiza um futuro perfeito) e o foco nos interesses próprios e passamos a agir em busca do desenvolvimento independente, e ao mesmo tempo, do coletivo das pessoas.
Independente porque a pessoa tem um nível de saber, tem uma consciência crítica, uma percepção de mundo. O que ela deve fazer é amadurecer esses aspectos da sua construção como ser humano. E coletivo porque o resultado desta construção como ser humano vai ser constantemente testado na convivência com as outras pessoas.
A disposição da empresa, e principalmente do gestor, tornam-se fundamentais para que uma liderança carismática possa ser enxergada como elemento de reinvenção e não como fogo de palha, que até queima, mas que logo apaga-se.
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