Muitas empresas sofrem dificuldades na comunicação – e poucas sabem disso – por não terem trabalhado a sua Marca como um todo durante a sua existência. É comum ver pontos de contato de uma empresa dialogarem de forma diferente em diversos lugares, seja na aplicação visual do logotipo, seja no modo de falar ao telefone, nas comunicações por e-mail e etc. É realmente difícil conseguir enxergar a Marca como o todo de um negócio.
Com os avanços do mercado a disputa entre empresas por um espaço está a fervilhar, como consequência do surgimento de mais e mais negócios, em um processo crescente. Por ano, em Portugal, nascem mais de quarenta mil novos negócios (48.404 em 2022), embalados pela voracidade empreendedora de startups, franquias e microempreendimentos.
Com isso, as empresas precisam encontrar novas maneiras de manter um destaque no seu meio de atuação. As máximas de sempre, hoje, são mais do mesmo. Virou obrigação ter um atendimento excelente, para venda de produtos e serviços de qualidade, a preços competitivos. Mas, como destacar-se? Trabalhando a Marca.
A Marca é o todo.
Não é simplesmente o logotipo, a identidade visual, o website ou a equipa comercial. A Marca de uma empresa é, de fato, o todo que ela representa perante o seu mercado de atuação, frente ao seu público. E isso é muito sério. Grandes Marcas, como a Apple, Google e a Nike souberam trabalhar bem os seus valores ao longo do tempo. Tanto que é difícil imaginar essas empresas no âmbito de uma estrutura física. Mas é fácil imaginá-las através de perspectivas de Marca, ou seja, do que elas representam.
Honda e Toyota, por exemplo, em pleno cenário crítico de 2021, registaram crescimento nas suas vendas em relação aos anos anteriores, na contramão do setor automobilístico. Magia? Não. Valor. Elas conseguiram, ao longo do tempo, agregar tanto valor para as suas Marcas que tornaram-se preferência do setor, concentrando taxas positivas de venda em um momento de recessão.
Sim, o produto é bom, o atendimento é excelente e os preços são competitivos.
Porém, essa somatória, mais os valores direcionados para as suas Marcas como a confiança, a credibilidade, a durabilidade, a valorização e a diferenciação são decisivos na escolha do consumidor. Esses valores podem ser notados em estratégias de comunicação.
Trabalhar uma Marca não é fácil uma vez que não é tangível. A maior parte das pessoas pensa que uma Marca é o visual, o logotipo. Estão erradas. Logotipo é apenas uma parte do todo, complementado por nome, slogan, identidade visual, cores e símbolos gráficos. Esses elementos são todos visuais, mais fáceis de serem notados. Porém, não significam nada para um trabalho de longo prazo se não forem sustentados.
Assim, complementando, cimentando e enraizando toda a proposta visual, outro elemento – a plataforma de Marca – dá sustentação ao todo.
Ela direciona e posiciona o momento atual de como a Marca deve e deverá comportar-se. Nessa linha, ela coleciona parâmetros de valores intangíveis, como o propósito, o posicionamento, a identidade central, a visão, o olhar no futuro, os diferenciais e todo o tipo de informação que é dado e que fundamenta a sua existência.
É a partir da plataforma de Marca que é possível dizer quem é a empresa, ou seja, a sua descoberta, o que ela faz, para quem vende, como vende, como comunica, como se valoriza, e como se comporta visualmente, consequentemente, gerando confiança e solidez para o desenvolvimento do negócio, das suas ações de comunicação e da sua existência interna e externa.
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