A reputação é o que há de mais sagrado no mundo do Branding. O maior objetivo nesse modelo de gestão é procurar valor para a Marca de forma que ela crie uma reputação positiva no seu mercado e, com isso, gerar a confiança necessária do seu público para consumi-la e multiplicá-la. E podemos pensar assim visando a nossa reputação pessoal. A ferramenta de gestão para isso é o que chamamos de Personal Branding.
Diferente do marketing pessoal, que procura estratégias para suprir demandas e necessidades do mercado (difícil pensar assim para uma pessoa, mas trata-se de uma definição pura do termo) ou que pode ser considerado o conjunto de atitudes para “vender” uma imagem, Personal Branding consolida-se como um modelo completo de gestão da sua própria imagem.
Nesse formato, o maior objetivo é criar uma reputação favorável para a sua Marca pessoal no seu ecossistema de atuação, para que tenha mais facilidade na conquista dos seus objetivos o que acaba por ser uma consequência desse modelo de gestão pessoal.
Criar reputação
A nossa Marca pessoal é construída a partir dos valores, posturas, atitudes, competências e habilidades que temos e que desenvolvemos, sempre partindo dos nossos propósitos e ideais de vida e aquilo que queremos conquistar. Já parou para pensar quais são os seus? Quais as suas causas? O que quer deixar de legado para as próximas gerações? Como está a contribuir com o seu mercado? Como quer que as pessoas o vejam daqui a 3 anos? E daqui a 10? Como fazer com que as pessoas reconheçam isso? Como estabelecer um relacionamento confiante e saudável com os seus públicos?
Em resposta a essas perguntas e ao refletir bastante sobre esses itens, certamente pode começar a planear a construção da sua reputação, desde o seu DNA e essência (sim, é um exercício de autoconhecimento), até como praticar e comunicar aquilo que quer que o seu público perceba e sinta. São alguns passos para aderir ao Personal Branding.
Mais ação
Assim como para as empresas, a força da nossa Marca pessoal não está naquilo que dizemos sobre nós mas sim naquilo que praticamos e no que os outros dizem sobre nós. Quando dizemos algo e/ou prometemos e não realizamos, estamos a assassinar a nossa reputação. Já quando praticamos algo que faz a diferença, e sem encher o nosso público de expectativas, estamos a promover a nossa imagem, a agregar valor a ela e a construir uma reputação positiva.
O impacto disso é um inter-relacionamento mais favorável com os públicos de interesse. Por exemplo, se é gerente de projetos de marketing e comunicação e procura construir uma imagem positiva, inclusive ao praticar atitudes e hábitos compatíveis com as percepções que quer passar, certamente irá ter mais confiança do seu cliente e será mais fácil relacionar-se no dia a dia, na aprovação de um projeto ou na prestação de contas do seu serviço.
Como?
Não há uma fórmula mágica mas sim uma postura de procurar a evolução e melhorias em todos os aspectos ligados aos valores e propósitos que a sua Marca pessoal deve transmitir. E isso varia muito de mercado para mercado. Ao seguir o exemplo citado, atuando na liderança de projetos de marketing e comunicação, é essencial estar conetado às tendências, ter conhecimento (ao menos teórico) das áreas, disciplinas e ferramentas, absorver estudos e referências a todo o instante, ser organizado, comunicar bem, ter resiliência e formar opinião. E o mundo está carente de formadores de opinião!
Talvez esse seja o ingrediente central dessa receita que não existe, porque quando formamos opinião, estamos a desenvolver personalidade para a nossa Marca pessoal, a contribuir com algo e deixando registada a nossa opinião que, posta com contundência e argumentação e sendo praticada, gera credibilidade e confiança para a nossa imagem, contribuindo para a ampliação do nosso bem mais valioso, a nossa reputação.
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