A imagem da Marca pode ser diferente sob ponto de vista de quem a percebe. A possibilidade de atribuir características de personalidade deve-se ao fato das Marcas terem uma identidade.
A imagem da Marca pode ser diferente sob o ponto de vista de quem a percebe. Uma percepção do fenômeno a longo prazo já seria a reputação, sustentada pela consistência das compreensões.
Quando interessa-se e identifica-se com uma Marca, como por exemplo uma Marca de roupa, provavelmente invoca uma série de adjetivos para nomeá-la, como por exemplo: eu gosto desta Marca porque é moderna, tem tendência para o estilo elegante, ou despojado, ou chique, ou irreverente.
A possibilidade de atribuir essas características de personalidade deve-se ao fato das Marcas terem uma identidade, que por sua vez, é refletida pela sua imagem por meio da comunicação com o público.
Ao fazer uma comparação com o ser humano, nós também temos traços de identidade, que são intrínsecos à nossa personalidade, mas refletimos uma imagem da maneira que melhor nos convém, de acordo com as pessoas ou com o contexto em que estamos inseridos.
Por sua vez, a imagem que as outras pessoas percebem de nós não depende apenas do que nós tentamos mostrar, depende de uma série de pré-julgamentos que essas pessoas já têm dentro das suas mentalidades e das suas realidades.
Com as Marcas acontece da mesma maneira. A identidade da Marca é criada dentro da organização e é caracterizada pelo que a empresa quer que a sua Marca signifique para os envolvidos, para o público e para a sociedade.
Mas essa partilha de ideias não é apenas uma informação hierárquica, vinda dos “superiores”, e sim, uma ideia praticada pelos colaboradores. Afinal, quando um colaborador de determinada Marca fala conosco, ficamos com uma imagem na mente sobre esta Marca, certo?
A personalidade da Marca, que nós interpretamos pelos seus sinais de comunicação, pela sua propaganda, pelo seu espaço físico ou pelos seus colaboradores, consegue interagir com o público e transmitir características demográficas, estilos de vida, opiniões e comportamentos. E mais importante, a personalidade de Marca consegue ser distintiva e duradoura através dos anos, criando vínculos e relacionamentos.
Se esta personalidade tem capacidade de interagir, também é capaz de proporcionar reações emocionais, como a paixão, ou no sentido oposto, como as decepções. Por este motivo há tantas Marcas que conseguem “fãs” e clientes fieis.
Em resumo, para diferenciar a identidade da ideia de imagem, a identidade seria constituída pelas características diferenciais da organização (essas criadas pelos responsáveis da organização e pela relação entre os membros, incluindo as suas experiências e expectativas), e a imagem seria construída a partir de como esta Marca é percebida e recebida por todo o público.
Desse modo, podemos dizer que a imagem da Marca pode ser diferente sob ponto de vista de quem a percebe. Uma percepção do fenômeno a longo prazo já seria a reputação, sustentada pela consistência das compreensões.
Assim, a identidade pode ser criada e modificada pela organização, mas por outro lado, a imagem não é tão facilmente manipulada, pois é o reflexo da forma como as manifestações são recebidas através da experiência do público com a Marca, com os seus concorrentes e com todas as relações contextuais.
Qual é a lição que se tira disto? Para quem está a administrar empresas e Marcas, o apontamento mais importante é ter consciência de que a identidade da Marca precisa ser bem pensada de dentro para fora, da cultura organizacional para o mercado.
Entretanto, não se pode esquecer que todo o tipo de interação com o público, seja por meio de publicidade, pela internet ou pelos colaboradores, fará parte da imagem que será percebida pelo consumidor, com consequências que vão desde associações positivas às negativas, reais ou imaginárias, racionais e afetivas.
Leave feedback about this